SANEOURO ENTREVISTA ESPECIAL PELO DIA DA MULHER

SANEOURO ENTREVISTA ESPECIAL PELO DIA DA MULHER

Nesta entrevista especial pelo Dia Internacional da Mulher, a encarregada de Operações da Saneouro, Bianca Santiago, conta um pouco sobre os desafios do trabalho desenvolvido na empresa.

Graduada e mestre em engenheira ambiental, Bianca Santiago Moreira é encarregada de operações e responsável pelo controle da qualidade da água. Nesta entrevista especial pelo Dia Internacional da Mulher, ela conta um pouco sobre os desafios do trabalho desenvolvido na empresa.

Você atua na área há quantos anos?
Meu primeiro contato com a área de saneamento foi no estágio. Eu fiz um estágio em Mariana, por volta de um ano e meio mais ou menos. Em seguida, eu me formei e comecei a trabalhar no Serviço Municipal de Água e Esgoto [Semae] aqui de Ouro Preto. Já tem cinco anos que atuo como profissional engenheira ambiental.

Também é mestre em engenharia ambiental?
Eu sou mestre em engenharia ambiental na área de Tecnologias Ambientais. Concomitante no meu serviço no Semae, eu aproveitei a oportunidade do mestrado na Ufop [Universidade Federal de Ouro Preto] e conciliei com meu trabalho, que lá eu tinha uma flexibilidade de horário para fazer o mestrado. Já na SANEOURO, sou encarregada de operações.

Pensando nesta data do Dia Internacional da Mulher, não adianta a gente deixar de pensar como que esta data nos afeta e o papel dela também é nos fazer refletir sobre o mercado de trabalho. Quais são os desafios de um mercado de trabalho que em maior parte é ocupada por homens e como lidar com isso tudo sendo uma mulher profissional jovem? 
Realmente é um desafio. Eu entrei para a área muito nova, então, também tem a questão da idade. Muitas vezes, as pessoas ficam meio receosas, mas, com o tempo, a gente consegue mostrar a nossa capacidade técnica. O nosso desempenho vai mostrando que a gente tem sim habilidades para ocupar cargos de liderança e fazer um bom trabalho, sendo mulher ou homem. Acho que a questão do sexo não vai influenciar porque o que a gente precisa mesmo é mostrar nosso trabalho e a nossa capacidade técnica.

Você acredita que teve que provar ou se desdobrar mais na área de saneamento que está fortemente ocupada por homens?
Eu sempre fui bem incisiva nas minhas questões em defesa do meu ponto de vista. Então, acho que isso faz toda a diferença. Querendo ou não, é um ambiente mais masculino e, em alguns momentos, a gente precisa se impor, mostrar o que temos em mente, que tem um fundamento técnico e mostrar isso para todo mundo. Eu acho que o caminho que a gente precisa seguir é mostrar a parte técnica acima de tudo, que, a partir daí, você vai ganhar um respaldo para que tenham confiança no seu trabalho.

Hoje você tem, sob a sua responsabilidade, quantos funcionários? 
Tenho 25 colaboradores na minha equipe, na maior parte homens. Eu nunca tive problemas com relação à diferença de gênero com os colaboradores e a equipe do controle e qualidade e produção. Todo mundo tem um respeito muito grande. Como eu falei, quando você mostra um conhecimento do que está fazendo, você passa segurança para o colaborador. E isso faz toda a diferença para que eles também tenham confiança em seu trabalho.

Quais os diferenciais das mulheres pensando no mercado de trabalho? 
Eu posso falar pela experiência com as colaboradoras mulheres que eu tenho na equipe: elas são mais organizadas, entregam o trabalho mais delicado. Na parte de tratamento de água, a gente precisa de uma certa delicadeza no trabalho no laboratório com as vidrarias, por exemplo. Elas são mais cuidadosas, do meu ponto de vista, com relação ao ambiente de trabalho, com relação às relações interpessoais e com a colaboração com o colega. 

Pensando no Dia Internacional da Mulher, qual o seu principal desejo para as mulheres na sociedade?
Eu queria que a mulher não precisasse se esforçar mais para ter o mesmo reconhecimento. Temos ainda relatos de mulheres que necessitam se empenhar mais e mostrar mais a sua capacidade e qualificação.

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